sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A IGREJA E SEU PAPEL DIANTE DE CALAMIDADES E DOS DIREITOS HUMANOS

(Autor: Douglas Pereira Jácome)

        A igreja é certamente uma das instituições mais antigas na sociedade tendo como condição fundamental a transformação do meio social onde está inserida, vivendo o testemunho do amor de Deus em suas vidas, visando alcançar a todos indistintamente. Sua função eclesiástica é sua principal característica, mas também deve exercer um papel social igualmente importante.
          Esta tarefa tem como objetivo desenvolver um texto argumentativo apresentando a contribuição social da Igreja diante de situações de emergência ou calamidades públicas, usando como exemplo a catástrofe ocorrida em Mariano (Minas Gerais) e os atentados praticados pelo Estado Islâmico em Paris, no final de semana do dia 15 de novembro de 2015. Além disso, comentar sobre a participação da Igreja na busca de uma prática de fé cidadã frente a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
          Os desastres naturais ou eventos calamitosos provocados pelo homem sempre existiram e certamente continuará a ocorrer. A história da igreja tem demonstrado em vários momento o seu amor solidário aos necessitados nessas situações emergenciais, sejam elas naturais ou não, onde pessoas de toda parte se envolveram e muitas vezes no exercício da solidariedade perderam suas vidas. Talvez essa justificada ação solidária e de amor ao próximo venha do exemplo percebido na vida de Jesus Cristo, que para remir a humanidade da condenação eterna “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (BÍBLIA, N.T. – Mateus 20.28).
          O amor incondicional de Deus provocado por sua mensagem redentora devem ser acompanhadas de atitudes de fé, de esperança e da prática de boas obras, esta é certamente a instrução deixada pelo Senhor Jesus aos seus seguidores: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (BÍBLIA, N.T. – Mateus 5.16). A esperança projetada na figura do Salvador era o que movimentava a Igreja nos seus primeiros séculos, como se pode ver no dizer do apóstolo Paulo quando escreve a Tito para incentivá-lo a exortar a Igreja na esperança em Cristo; “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo; o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda a iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” (BÍBLIA, N.T. – Tito 2.13-14).
         Na atualidade, em particular no nosso país, é cada vez mais comum encontrarmos pessoas em situação de vulnerabilidade ou vitimadas por desastres naturais que expresse a idéia de que aquilo que aconteceu é como se fosse um juízo de Deus. Parece que há algum tipo de engano nesse entendimento. Pois, se o homem não respeita as leis da natureza imposta pelo Criador e em consequência disso sofre em razão dessa negligência, porque responsabilizar e culpar a Deus por esta tragédia? É certo que a palavra de Deus nos ensina que Ele reina soberanamente sobre toda a criação, conforme declara o salmista; “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela contém, o mundo e os que nele habitam.” (BÍBLIA, A.T. – Salmos 24.1); e mais “Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.” (BÍBLIA, A.T. – Salmos 89.11).
          As escrituras afirmam que tudo está sob os olhos e domínio de Deus, mas isso não significa que tudo o que ocorre na criação e na história da humanidade é obra direta da intervenção divina. Os textos dos Salmos acima mencionados não indicam uma interferência direta de Deus nas calamidades ou desastras naturais por causa da sua soberania, antes somente evidencia Deus como o criador de tudo o que existe. Nesse sentido os textos remetem a tradição da criação do universo e as primeiras coisas dessa criação registradas no livro de Gênesis. Neste livro parece ser expressa a idéia de que o criador estabeleceu uma ordem natural que governaria a criação em sua sustentação e dinâmica por meio da existência. Também fica claro que a negligência ou alteração dessa ordem estabelecida trará consequências e complicações na natureza equivalentes ao estado de desordem.
         Na visão de Claudionor Correia de Andrade, a Igreja é um “Organismo místico composto por todos os que, pela fé, aceitaram o sacrifício vicário de Cristo, e têm a Palavra de Deus como a sua única regra de fé e conduta.”1. Desde os primeiros séculos uma das características da Igreja é ajudar e contribuir com os que precisam de ajuda em especial nos tempos difíceis. Logo no início da Igreja, conforme narra a Bíblia no livro de Atos 3.39-47, encontramos os cristãos vivendo em comunidades, e um suprindo as necessidades do outro. Já em Atos 11.27-30 encontramos a ação dos discípulos que se uniram, planejaram e enviaram alimentos aos irmãos da Judéia, que passavam por grande necessidade.
          Diante de cenários sociais catastróficos, lembrando aqui os ataques terroristas mundo a fora e de outras tantas calamidades públicas ocorridas, inclusive no Brasil, a igreja de Cristo tem um papel fundamental nesse contexto para a sociedade. Diferentemente de qualquer outra crença os cristãos não podem ficar indiferentes diante de tantas tragédias e infortúnios humanos, precisam ser capazes de demonstrar o amor ao próximo pregado nas igrejas, além disso, se doar em favor dos menos favorecidos, não ficar apenas no discurso, não estar limitado somente à esfera espiritual, é preciso levantar-se. A fé é a prática do amor, a igreja tem como dever observar um código moral e ético mais rigoroso que é a palavra de Deus e assim desfrutar de uma vida em comunidade e familiar mais segura.
          Em situações de emergência ou desastres naturais, não basta apenas ação solidárias da igreja nesses momentos, precisa-se exercitar constantemente o verdadeiro amor pregado por Cristo, planejar e conhecer as formas de como se pode ajudar nesses casos e no cotidiano da vida humana, antes, durante e depois dos acontecimentos, como no dizer de Bernardo Salovi: “A maioria das igrejas é extremamente rica de pessoas com talentos e habilidades, que podem ser usadas na execução dos seus planos e no exercício de atividades em prol da comunidade.”2 Assim, antes de mais nada é preciso de capacitar os membros da congregação, este sempre foi o papel da igreja, preparar seus discípulos à semelhança de Jesus Cristo e com capacidade de amar, ser luz e sal da terra, esperança e benção para todos.
Da mesma forma a igreja deve ser o defensor da preservação e garantia dos direitos do homem, visto que a doutrina dos Direitos Humanos tem sua origem no Cristianismo, em sua ética, e na concepção de pessoa humana da qual é portador3, mesmo reconhecendo que houve por parte das Igrejas Cristãs em geral, forte resistência em aceitar sua produção inicial. Essa dificuldade se estabeleceu em grande parte ao modo e ao contexto como surgiu primeiramente a elaboração filosófica dos Direitos Humanos.
O contexto da Igreja de Cristo atual deve ser o de compreender que seu compromisso com a justiça, cidadania e defesa dos Direitos Humanos não é meramente acessório, mas principalmente deve fazer parte de sua essência e missão evangelística de amor ao próximo. O exercício desse compromisso se faz em diferentes campos e dimensões, que incluem a denúncia profética, a formação de consciências, a promoção de lideranças e o apoio efetivo à organização popular.
Ao longo da história da humanidade temos milhares de exemplos onde clérigos, religiosas, leigos e leigas foram martirizados por causa desse compromisso cristão com a causa dos menos favorecidos e a promoção da justiça e cidadania.

1 ANDRADE, Claudionor Correia de, Dicionário Teológico, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1998, p. 182.
2 SALOVI, Bernardo, Ação social da Igreja de Cristo, Rio de Janeiro: JUERP, 1998, p, 43.
3 Cf N. Bobbio, (org. M. Bovero), Teoria Geral da Política. A Filosofia Política e as Lições dos Clássicos. Editora Campos, Rio de Janeiro, 2000, p.478.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL É NECESSÁRIA?

(Autor: Douglas Pereira Jácome)

Esta tarefa consistiu numa reflexão crítica sobre se a Escola Bíblica Dominical (EBD) é necessária no contexto atual das igrejas cristãs. Foi indicado pelos postulantes desta atividade um texto base norteador da tarefa, de onde também foram tiradas expressões obrigatórias levadas em conta na elaboração deste texto.
A Escola Dominical é um movimento social e religioso não-escolar fundado pelo jornalista britânico Robert Raikes, em 1780, na cidade de Gloucester, sul da Inglaterra, que ministrava aulas aos jovens trabalhadores nos domingos, tendo esse ensino um olhar voltado para a moral, a cidadania e a ética cristã. Esse modelo ocorrido fora do ambiente escolar regular, era realizado somente aos domingos e buscava atender a um grupo específico de trabalhadores (crianças e jovens) da época, sua intenção era de reduzir os índices criminais juvenis. (BARROS, 2014, p. 1-4)
O método criado por Raikes visava principalmente proporcionar uma educação com conceitos educativos, morais e religiosos ao público juvenil, direcionando os seus participantes à possibilidade de passarem por uma experiência considerada vital e salvadora de Deus (PIMENTEL, 2012, p. 387). O autor do projeto teve muitas dificuldades desde o início, mas apesar das falhas encontradas esse modelo pedagógico escolar acabou sendo disseminado em todo o país.
O Professor Antônio Gilberto1 conceitua em sua obra a Escola Dominical ou Escola Bíblica Dominical como sendo a escola de ensino bíblico da Igreja, entendendo ele que é a própria igreja quem ministra o ensino religioso ao seu público multivariado. Neste contexto fica clara a intenção do autor da importância e necessidade da existência desse tipo de escola na atualidade.
As dificuldades atuais da Escola Bíblica Dominical não são muito diferentes das encontradas na época de sua criação. Sem atrativos e sem entender muito bem o papel dessas escolas no ensino bíblico nas igrejas, o número de pessoas que frequentam a EBD continua bem reduzido. Além disso, o avanço tecnológico tem se mostrado muito mais eficaz na transmissão do conhecimento, sua velocidade de informação tem sido o diferencial e de alcance bem superior aos métodos convencionais de ensino em todas as áreas do conhecimento, inclusive na educação religiosa.
A Escola Dominical é necessária na medida da manutenção do tradicionalismo cristão, onde membros da igreja para manterem seu status ou para prevalência sobre os demais, optam pela manutenção desse recurso de ensino na estrutura das igrejas. Para fins de perpetuação da tradição e do fortalecimento da identidade cristã, faz-se necessária a manutenção desse modelo de escola bíblica, contudo, seria fundamental uma reforma teológica em seu currículo, a fim de corrigir as falhas na captação de pessoas, na metodologia do ensino e na preparação dos professores, entre outros.
O mundo na atualidade vive um momento de consumismo desenfreado imposto pelas grandes indústrias, onde para manter sua competitividade lançam a cada dia um produto novo. Essa estratégia empresarial é aplicada para manipular os consumidores a buscarem as novidades que o mercado oferece, tornando os produtos mais antigos desinteressantes e definitivamente descartáveis. De forma semelhante a escola dominical nas igrejas de hoje se tornaram obsoletas no seu modelo tradicional, contudo, como nenhum outro produto foi lançado para substituí-la, resta-nos a modernização do atual modelo sob pena de sua extinção como já vem acontecendo em diversas denominações cristãs por todo o país.
Curiosamente as escolas dominicais atuais se mantém ativa em algumas igrejas, possivelmente relacionadas às atitudes conservadoras de sua liderança que resistem em não admitir que esse modelo tradicional perdeu sua eficácia na educação religiosa. Outras denominações tentaram substituir essas escolas pelos chamados discipulados e divisões em células, porém, esses modelos deixam a desejar no quesito de sua efetividade no ensino bíblico, ficando reduzidas a reuniões de oração e leituras bíblicas de pouco aprofundamento no conhecimento da palavra de Deus, essencialmente por falta de pessoas qualificadas na instrução.
O modelo tradicional da EBD está muito a quem das demandas da igreja na atualidade, além disso, a inovação tecnológica avança a passos largos e atrai muito mais do que o sistema convencional de ensino criado por Robert Raikes. Não é só necessária a substituição desse modelo, mas principalmente atualizar e modernizar seus conceitos por algo sistematizado e pedagogicamente contemporâneo, disso depende a subsistência desse tipo de escola, além de proporcionar maior alcance aos objetivos do ensino bíblico cristão.

1 GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. CPAD-Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2014, p. 125. Disponível em: http://pt.slideshare.net/anapinacio/manual-da-escola-dominical-antonio-gilberto. Acesso em 12/11/2015.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

RESUMO DO TEXTO "ALEGRES ADORAI"

(Autor: Douglas Pereira Jácome)

     A tarefa realizada nesta avaliação consistiu na elaboração do resumo do texto de RENDERS, Helmut. “Alegres Adorai” In: Luiz Carlos Ramos (org). Mil vozes para celebrar: tricentenário do nascimento de Charles Wesley. São Bernardo do Campo, SP: Editeo, 2008, 189-202 – postado na Plataforma Moodle em 19/10. O conteúdo do texto de Renders é estruturado com base na história do cântico “Alegres Adorai” desde sua versão original inglesa, passando pelo modelo americano até a versão adotada em língua portuguesa.
     O texto é organizado em tópicos inter-relacionados tratados num formato histórico evolutivo do cântico “Alegres Adorai” e “Rejoice, the Lord is King”, contendo uma análise da espiritualidade da canção existente a partir das referências bíblicas e doutrinárias do texto, bem como, sua importância no contexto musical do metodismo inglês, na américa e no Brasil. O texto foi estruturado da seguinte forma: 1. A canção em inglês; 2. A canção em português; e 3. Considerações finais.
     O primeiro tópico analisa a versão inglesa da canção que contém seis estrofes, sendo publicada pela primeira vez no hinário de Charles Wesley em 1746. Sua letra é uma composição de Handel a pedido de um novo convertido metodista, tendo a tradição inglesa adotado essa melodia de Handel que é chamada de “Gopsal”, sofrendo apenas uma modificação no texto, sendo que atualmente não é mais cantada na sua totalidade.
     A versão americana dessa canção sofreu diversas alterações, tendo adotado pelo menos dois tipos de melodias a “Darwall’s 148th” e a “Christ Church”, além de modificações no texto e na forma de cantar, já que nem todas as estrofes eram cantadas. Até 1780 a canção ainda não teria sido incluída na Coleção de Hinos em uso pelos Metodistas, somente muitos anos depois foi incorporada na seção escatológica do hinário.
     O autor realiza no texto uma interpretação aprofundada do contexto da canção ao modelo metodista da época em que foi escrito, inclusive faz menção ao pensamento de Charles Wesley sobre a letra do cântico que acredita está voltado mais para a sexta-feira santa do que ao ato da ressurreição. Outras observações apresentadas pelo autor se referem às questões dogmáticas envolvidas no hino, além disso a interpretação aponta para uma centralização de apenas duas pessoas da trindade, sendo uma delas Jesus descrito como Senhor.
      O segundo tópico se refere ao texto em Português dessa canção de João Soares da Fonseca de 1990, a qual foi publicada no Hinário Batista para o Culto Cristão sob o n° 223. Segundo o autor do texto a canção foi escrita depois das primeiras eleições democráticas brasileira, o que sugere que o verso “Em alta voz” tenha relação com a necessidade da intervenção divina a um povo oprimido para que levante a voz e lute.
     No texto em português esse hino menciona somente a primeira e segunda pessoa da trindade, sem qualquer referência à pessoa do Espírito Santo. Sua maior característica está voltada para a promoção da fé comunitária, além da ênfase no pecado como o desafio para a redenção divina por intermédio do perdão. Essas caraterísticas juntas classificam o texto do hino em português como uma clássica expressão da teologia ocidental.
     Nas considerações finais do texto o autor estabelece uma rápida relação entre as versões em inglês e português, onde descreve que em termos trinitários e cristológicos, ambos dão ênfase nas primeiras duas pessoas da trindade e preferindo referir-se a Jesus e não ao Cristo. Em termos bíblicos as versões apresentadas voltam-se para o livro de Filipenses, mas com um olhar diferenciado, a versão em português se referindo ao Jesus Redentor e a versão em inglês dirigida ao Jesus Senhor e Rei. Por fim, finaliza afirmando que ambas as edições da canção (inglês e português), não conseguem manter a amplitude da dinâmica do texto original em seus principais.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

RESUMO DA ANÁLISE DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO DE JONAS


(Autor: Douglas Pereira Jacome)

O artigo selecionado para esta tarefa foi extraído da Revista Caminhando (online), tendo como autor o professor Milton Schwantes1. Segundo o autor o artigo é o resultado de um estudo bíblico ambientado durante a 9° Assembléia Geral do Conselho Mundial de Igrejas, realizada em fevereiro de 2006, na cidade de Porto Alegre/RS.
O texto lança uma reflexão transversal do contexto do capítulo 4 do livro de Jonas, convidando indistintamente todas as pessoas para uma conversão genuína por meio da mensagem de compaixão e amor incondicional do criador reveladas no texto bíblico.
A estrutura do texto é formada por tópicos independentes, mas tratados como temas intimamente relacionados, da seguinte forma: Introdução; 1. Um livro em lugar especial; 2. 4.1-11 no final do livro de Jonas; 3. “Não hei de ter compaixão?”.
No primeiro tópico o autor faz uma análise geral do posicionamento do livro de Jonas nas Escrituras Sagradas, contextualizando-o entre os livros que seguem o mesmo estilo literário ajustado à ‘escola deuteronomista’ criada por Martin Noth2. O livro de Jonas é contado entre os doze profetas menores descritos na bíblia que vão de Oséias a Malaquias.
O segundo tópico trata especificamente do texto de Jonas 4.1-11, onde o autor identifica os versículos deste capítulo como o último dos quatro momentos que caracterizam todo o livro. Em seguida, o autor passa a descrever cada momento até chegar neste último, o qual versa sobre a pessoa do profeta Jonas e suas convicções sobre a profecia revelada, bem como, seus sentimentos quanto a gratuidade divina ofertada ao povo da cidade de Nínive.
O terceiro e último tópico do texto endossa parte da pergunta apresentada no v.11: Não hei de ter compaixão?”, questionamento final feito por Deus a Jonas e que ficou sem resposta, embora várias objeções teriam sido formuladas pelo profeta em relação ao acontecido, chegando ao ponto de querer entregar a própria vida por ser contrário ao desfecho
da história.
Dois aspectos importantes foram destacados pelo autor neste terceiro tópico, os quais caminharão para o fechamento da narrativa. O primeiro está relacionado ao sentimento de ira do profeta Jonas diante do arrependimento de Deus, já o segundo relembra a grandiosidade do Criador ante qualquer circunstância, visto que somente Ele é capaz de converter uma sentença desfavorável em uma benção permanente.
Para o autor a insatisfação do profeta Jonas está ligada à soberania de Deus e nos seus pensamentos insondáveis, visto que a ação desse mensageiro da destruição é frustrada a ponto dele desejar a própria morte, para ele a vida não tem mais sentido já que tudo está nas mãos e sob o controle do criador.
O profeta conhecendo os atributos divinos da misericórdia, bondade e caridade, foge na tentativa de não se ver em tamanho descontentamento, mas é compelido a voltar para anunciar a profecia apocalítica à cidade de Nínive. Ao ver que a cidade fora salva se revolta e pede sua morte, porém, Deus em seu infinito amor confronta o profeta em seus próprios sentimentos.
Nas palavras do autor do texto 'esta é uma história para pensar e repensar', pois a nossa vida está nas mãos do todo poderoso, visto que não somos os protagonistas desta história mas o seu instrumento. A ação divina é o grande regente dos acontecimentos, sendo que nossa rejeição aos fatos quase sempre não significam a vontade do criador, as quais vão além daquilo que pensamos ou imaginamos.

BIBLIOGRAFIA
1 SCHWANTES, M. “Convite à compaixão: interpretação e meditação a partir de Jonas 4.1-11”. Caminhando (online), Brasil, 11, nov. 2009. Disponível em (Acesso em 22/09/2015): https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/CA/article/view/1245/1260.
2 Veja a respeito Martin Noth, “O deuteronomista”, em Revista Bíblica Brasileira, Fortaleza, Nova Jerusalém, vol.10, 1993, p. 13-183 [original: Überlieferungsgeschichtliche Studien – 1. Die sammelnden und bearbeitenden Geschichtswerke im Alten Testament, Halle, Max Niemeyer, 1943, 224p.]
ESCOLAS E ESCRIBAS DO ANTIGO ISRAEL

(Autor: Douglas Pereira Jacome)

         O texto selecionado neste estudo foi extraído da obra de Julio Trebolle Barrera1, relativo às escolas e escribas do Antigo Israel. Segundo o autor, para uma compreensão adequada e histórica da formação das coleções bíblicas, exige-se o conhecimento das escolas literárias da época, em particular a busca pelos seus primeiros intérpretes, identificados pelo autor como escribas e copistas.
         A estrutura do texto é formada por seis tópicos inter-relacionados, mas tratados em temas específicos, da seguinte forma: I. Escolas do Mundo Antigo e em Israel; II. Os Escribas; III. Os Rabinos; IV. As Escolas Cristãs; V. Cuidado e Técnicas na Cópia dos Manuscritos Bíblicos; e VI. A Leitura da Bíblia na Sinagoga.
          O primeiro tópico estudado trata das origens do texto bíblico, os quais além de muito antigos foram inicialmente identificados em trabalhos artesanais desenvolvidos por pessoas comuns, sendo assim cunhados de forma bastante rudimentar e numa linguagem popular, mas que tinham como objetivo principal guardar a memória daquele povo. Somente com o advento da escrituração foi possível a reunião desses trabalhos elementares em textos clássicos, os quais serviram posteriormente de base para estudo nas escolas do Antigo Israel, diferentemente de outras culturas do antigo Oriente que tinham como base textos selecionados e de diferentes gêneros literários.
          A invenção do alfabeto foi um facilitador no processo de construção dos textos bíblicos, porém, reservado a um público seleto de indivíduos, denominados “escribas profissionais”. Esses indivíduos eram normalmente integrantes das famílias dominantes da sociedade civil e com trânsito livre no palácio, tendo suas moradias localizadas nos grandes centros urbanos da época. O conhecimento da escrita era adquirido após um longo período de estudos e para um grupo reduzido de pessoas, o que deixava a população afastado desse processo de aprendizagem.
          No Antigo Israel os livros e escritos eram reunidos em rolos e guardados nas Sinagogas sob a vigilância e cuidado dos sacerdotes, onde também funcionavam como bibliotecas do reino, visto que não só mantinham os textos bíblicos mas também outros de interesse público e até mesmo textos que exigiam um certo grau de sigilo.
         O segundo tópico apresenta a figura dos Escribas como um indivíduo de grande influência no governo, cumprindo tarefas variadas de relevância e notoriedade. Esses indivíduos eram oriundos das classes mais privilegiadas do reino, normalmente de famílias ricas. Embora sua função primária fosse a de produção de textos literários era comum o seu envolvimento em funções sociais, porém, pertencentes a um grupo paralelo ao da classe sacerdotal.
          O terceiro tópico é voltado para a caracterização da figura dos Rabinos entre o povo judeu, os quais eram provenientes de diversas classes sociais do reino, mas reconhecidos habitualmente como autoridades religiosas. Essa característica principal era legitimada devido a sua devoção ao estudo da lei mosaica e pela obediência aos mandamentos.
          Muito embora sua autoridade religiosa nem sempre fosse predominante nas comunidades judaicas, mantinham-se como figuras eminentes entre o povo. Seu envolvimento com tarefas políticas era raro, mas eventualmente podiam exercer essas atividades. Era comum os Rabinos ensinarem em suas próprias casas e escolas da época, geralmente voltadas para pequenos grupos de discípulos.
O quarto tópico faz uma narrativa explicativa das escolas cristãs, apontando para o seu surgimento e ambientação do leitor sobre suas raízes e evolução. Para o autor as origens dessas escolas antigas estariam vinculadas aos escritos dos personagens bíblicos mais conhecidos, tais como: Henoc; Esdras; Baruc; Salomão e Moisés.
Outros escritos também tiveram papel importante no processo de transformação dessas escolas, tidas por muitos estudiosos como filosóficas. Trata-se de um tipo de ensino voltado mais para a filosofia do que para a religião, caracterizado pelo apelo à ética e a ordem intelectual como ferramentas para o alcance da comunhão com a divindade.
Segundo o texto o cristianismo nasce justamente desse tipo de ensino sofista, sendo que sua proximidade com as escolas helênicas fortaleceram o discurso de que se tratava de uma teologia cristã dirigida para a filosofia prática, a qual incorporou vários dos seus aspectos cerimoniais e da liturgia religiosa.
O quinto tópico apresenta as técnicas e cuidados utilizadas na antiguidade pelos copistas e intérpretes dos manuscritos bíblicos judaicos e cristãos. As cópias dos manuscritos no judaísmo são caracterizadas pelo rigor na sua confecção devido a seu caráter sacro, tendo como ponto de partida os textos originais, não podendo ser ditado ou conservado sem a devida revisão. Normalmente eram copiados em rolos ou volumes, jamais em códices.
Já as cópias de manuscritos no cristianismo utilizavam o sistema de encadernação em códices, contudo, à semelhança do judaísmos os cristãos faziam uso de profissionais especializados, chamados de mestres, e de instituições próprias para a transmissão do conhecimento.
Segundo o texto, com o tempo os cuidados com as cópias já não eram mais os mesmos, assim como o próprio cristianismo que havia mudado bastante, sendo a manipulação dessas cópias constante entre copistas, tendo seu acesso facilitado ao público em geral. Com a criação dos estabelecimentos de ensino (escola de Alexandria), o estudo dos textos cristãos foram se ajustando ao modo das técnicas de estudo filosóficos e métodos da tradição judaica.
          O sexto e último tópico trata da leitura da bíblia nas sinagogas, fato este evidenciado somente a partir do ano 70 d.c, ou seja, posterior à destruição do templo. Não há registros de que esse tipo de leitura tivesse a intenção de ensino, muito embora algumas sinagogas fossem construídas contendo salas de aula, onde discípulos e mestres se reuniam.
          Segundo relato do texto era comum nas sinagogas a leitura da Tora, o livros dos profetas e os Salmos, as quais seguiam basicamente um ritmo baseado em porções semanais, chamadas de ciclos de leitura, podendo ser anual ou trienal. Esse tipo de leitura era normalmente exercido por um sacerdote, mas outros também poderiam ser leitores. As sinagogas em Israel estavam concentradas na sua maioria em Jerusalém, mas existiam outras em cidades próximas.
          O texto de 2Tm 3:16-17, diz que: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”2.
          No trecho citado acima da segunda carta a Timóteo escrita pelo Apóstolo Paulo, fica clara a intenção do autor em demonstrar o valor das Escrituras Sagradas e sua função, somente por este fato já seria suficiente para atestar quão importante é para o buscador do conhecimento bíblico conhecer a trajetória desse livro extraordinário.
          Os vários gêneros literários combinados encontrados na bíblia podem proporcionar uma experiência religiosa sem igual, nenhum outro livro na história da humanidade trouxe tamanha mudança na vida das pessoas, pois mesmo depois de tantos anos as palavras deste livro sagrado continuam a inspirar e aumentar a fé do povo.

BIBLIOGRAFIA
1 TREBOLLE BARRERA, Julio. A Bíblia judaica e a Bíblia cristã: introdução à história da bíblia / Julio Trebolle Barrera; tradução de Ramiro Mincato. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995, pp. 131-145.
2 Bíblia de Estudo Arqueológico NVI / Equipe de tradução: Claiton André Kuns, Eliseu Manoel dos Santos e Marcelo Smargiasse; Prefácio da Edição Brasileira: Luiz Sayão. – São Paulo: Editora Vida, 2013. 
Análise do Cântico “Me Derramar”

(Autor: Douglas Pereira Jacome)

      A letra da música “Me Derramar” é uma canção atual de autoria da Vineyard Music e interpretada por diversos cantores brasileiros do gênero gospel. O título deste cântico reforça a idéia de uma oração de entrega e de total dependência ao Senhor, descrita como um mergulhar voluntário da alma a um Deus provedor. Essa mensagem cantada contém semelhanças ao texto bíblico narrado em 1Sm 1:15, onde uma mulher por nome Ana, no auge da sua angústia realiza um ato de entrega de alma no altar do Senhor na esperança de ver o seu pedido atendido.
          A canção é quase que toda ela centrada na pessoa de Deus Pai, exceção ao verso 7 “Ao sentir Teu toque”, que lembra a presença do Espírito Santo na vida de alguém, demonstrado no texto de Rm 5:5. Igualmente o verso 4 do refrão “Me derramar... dizer que és formoso”, faz lembrar o Filho de Deus descrito no Sl 45:2.
          Cada verso do cântico tem seu próprio sentido e interpretação que compõe o conjunto da obra, bem como, é possível identificar algumas referências bíblicas associadas ao hino. A letra da música começa com o sentido de estar pronto e ser voluntário (v.1), em seguida declarar-se em ato de confissão ao Senhor expondo o coração quebrantado (v.2), clamando em alta voz aos céus (v.3) para ver e ouvir a resposta de Deus (v.4). Além disso, crê que Ele é fiel pra cumprir o que dizes (v.5), pois o seu espírito reafirma essa verdade (v.7) trazendo conforto a minha alma (6). Assim, sou alcançado pela sua bondade e misericórdia (v.8) nas minhas aflições e angústias (v.9). Finaliza afirmando que o Senhor é o socorro sempre presente (v.10). Os versos do refrão da canção representam a entrega completa da alma que em aflição busca um alento nos braços do Pai.

ME DERRAMAR

Eis-me aqui outra vez
Diante de ti abro meu coração
Meu clamor tu escutas
E fazes cair as barreiras em mim
És fiel senhor e dizes
Palavras de amor e esperança sem fim
Ao sentir teu toque
Por tua bondade libertas meu ser
No calor desse lugar
Eu venho...

Me derramar... Dizer que te amo
Me derramar... Dizer te preciso
Me derramar... Dizer que sou grato
Me derramar... Dizer que és formoso
O QUE JESUS NOS ENSINA SOBRE COMO ENSINAR A PALAVRA DE DEUS”.

(Autor: Douglas Pereira Jacome)
Texto Base: Lc 24:13-35

          Na passagem do texto base nos deparamos com um relato bíblico em que conta como dois jovens que seguiam conversando no caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém de aproximadamente 11(onze) km, tiveram um encontro inusitado com um estranho que lhes falou profundamente, mas foi somente ao final dessa jornada que o desconhecido se revelou como o Cristo ressurreto.
         Essa passagem bíblica traz ensinamentos práticos para o ensino da palavra de Deus na vida do homem, contendo nessa mensagem a contextualização de uma espécie de roteiro litúrgico com lições valiosas e de grande impacto na vida cristã.
         O protagonista desta história é mais uma vez o Mestre Jesus, onde Ele se dispõe a ensinar aos companheiros de caminhada mistérios das escrituras sagradas. Durante esse diálogo, o mestre faz um relato geral dos livros de Moisés e dos Profetas do Antigo Testamento, para enfim, alcançar o ápice da revelação de sua própria pessoa nos textos bíblicos, só então, desaparece, fazendo de seus ouvintes testemunhas de sua ressurreição.
          O primeiro ensinamento identificado nesse evento singular é que enquanto estamos na caminhada da vida, Jesus vem ao nosso encontro, bastando a nós aceitar caminhar junto dele. Além disso, a discussão sincera sobre a palavra de Deus atrai a atenção do Mestre (13/14), visto que a própria escritura nos afirma que Porquanto, onde se reunirem dois ou três em meu Nome, ali Eu estarei no meio deles...” (Mt 18:20).
        Outros ensinamentos valiosos são encontrados nesse diálogo interessante, passando desde as questões que inquietam o viver do homem até a identificação de suas necessidades. No texto fica claro que pessoas sem esperança tendem a viver do passado (14), sem se darem conta da necessidade do nascer de novo, então se enchem de perguntas sem que ninguém possam respondê-las (15). Aliado a isso, os olhos naturais humanos estão encobertos para a verdade explícita que é Jesus, somente o poder de Deus é capaz de tirá-los dessa cegueira momentânea (16), visto que O deus, desta presente era perversa, cegou o entendimento dos descrentes, a fim de que não vejam a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2Co 4:4). Essa limitação da visão do homem em relação ao Reino dos Espíritos é o retrato da condição humana em Cristo Jesus, os quais continuam vivendo na descrença e na tristeza espiritual (17), sendo que o coração do homem sofre interferências do seu passado, o que não acontece no recém-chegado (18) que é transformado pela obra redentora do Filho de Deus (19), onde foi sacrificado na condição de Cordeiro com o propósito único de salvação e expiação dos pecados (20). Isso mostra ao novo convertido a necessidade do exercício da fé, sabendo como cremos e em que cremos (21). Aqueles jovens no caminho de Emaús rejeitaram a mensagem das mulheres no sepulcro, por considerarem indignas de fé, preferindo acreditar no fruto proibido sem questionar a reconhecer a mensagem divina, sendo assim, foram incapazes de aceitar a restauração da vida pela verdade que é Cristo (22).
          A falta de experiência do povo em relação a Deus pode levá-los facilmente ao erro e ao engano, preferindo acreditar nas visões de outros do que encarar a verdade com os próprios olhos, são como cegos que lutam para ter a visão por meio de métodos distantes da cura verdadeira (23). Adão e Eva optaram em crer na mentira e seus olhos foram abertos sem o consentimento do criador e foram punidos. O homem quer ver o natural e o espiritual com os olhos da carne, mas Deus busca verdadeiros adoradores e que o adorem em espírito e em verdade, mas para esta comunhão perfeita é preciso ter fé (24).
          A palavra de Deus é perfeita, sendo seus profetas o canal de comunicação com seu povo, crer nas suas orientações é o compromisso de todos nós, pois seguí-los é estar certo do caminho para o Reino Eterno (25), assim, confirmamos que o sacrifício do Cordeiro não foi em vão, seu sofrimento representou a porta de entrada para a eternidade de todo pecador que se arrepende e reconhece seu salvador (26).
          O conhecimento das histórias bíblicas são essenciais para a compreensão do que nos espera após essa vida, onde Jesus faz uma retrospectiva disso aos seus dois companheiros de viagem que ficaram maravilhados com o que ouviam (27). O mestre em sua infinita sabedoria os motiva a quererem mais desse saber inesgotável, tal incentivo foi demonstrado quando Jesus foi convidado a permanecer com eles na aldeia e falar mais sobre o assunto (28). A intenção do mestre é que sintamos sua falta, sendo que sua presença deve ser um motivo principal para nos manter firmes na promessa e na direção correta, além do desejo ardente de estarmos próximo dele (29).
          O ensinamento mais marcante que o mestre Jesus deixou para nós nessa passagem bíblica, é que não basta somente conhecê-lo ou saber o que Ele fez, ou mesmo conversar, discutir e sentir, pois nada disso pode nos fazer enxergar a verdade em sua totalidade. É preciso muito mais que isso, vez que os olhos da alma só podem ser abertos quando partilhamos da sua mesa e comungamos do que está sendo servido, somente assim, os olhos espirituais poderão ser abertos e veremos com clareza os dois mundos (2Co 4:18 / Ef 1:18 / Sl 13:3).
          Essa comunhão perfeita proporciona a abertura dos olhos da alma, sendo este o dispositivo que tem o poder de revelar a Jesus Cristo na vida do homem. A peça chave que desvenda os mistérios da alma é o partir do pão, visto que revela onde o mestre se encontra e é onde também devemos estar. Permanecendo nós nele e ele em nós para todo o sempre em amor (Jo 15:4-9).

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A QUEDA

                   No princípio quando a natureza humana ainda conservada a pureza da luz, seu propósito era de servir ao criador e manter em equilíbrio os elos com o sagrado. Com o passar do tempo cresceu em seu íntimo o desejo de experimentar o novo, assim, tomou para si do que lhe era proibido. Nesse momento, o coração do homem foi tomado pela escuridão e seus olhos segados pelo entendimento do bem e do mal, restando apenas a nudez da matéria.
              Por fim, suas vestes serviam simplesmente para cobrir sua vergonha, como que para fazê-lo lembrar da sua desobediência, essa ação selou a separação do homem com a Luz Divina.
             A infidelidade humana, que teve como resultado a queda, foi causada pelas inclinações do seu coração e pela impureza dos seus olhos, ambas representando a natureza decaída do ser.
           Mas Graças a Deus que não precisamos ser assim eternamente, pois o infinito amor do criador redimiu os pecadores por meio do sacrifício único e maravilhoso de Jesus, o filho amado de Deus.
            Esse ato de misericórdia pôs fim a uma sentença celestial, trazendo à existência a redenção aos caídos do Jardim do Éden, onde pelo segredo da fé nos é dada a graça para alcançarmos a estatura do varão perfeito e a plenitude da mente de Cristo.


(Autor: Douglas Pereira Jacome)
TÁ DOMINADO!!!

A bíblia garante que somos filhos de Deus,
mas igualmente afirma que o mundo inteiro jaz no maligno.

Concluímos daí,
que estamos completamente dominados por uma força destrutiva capaz de nos manter escravizados por longo tempo.

Felizmente para os que creem,
existem armas poderosas para destruir essas fortalezas.

Estou falando das armas espirituais reveladas pelo criador.

São elas: a palavra, o jejum, a oração e o louvor.

Quanto mais aceitarmos os prazeres mundanos,
mais intensa se torna a batalha,
porque como um homem pensa em seu coração, assim ele é.

Sua mente é o campo de batalha!

Resista aos seus desejos e sairás vitorioso e vitoriosa.

A nova onda mundial é fazer você acreditar numa saída racional e sem dor,
a simplicidade desse pensamento é uma prisão sem fim.

Não caia nessa armadilha!

Renove sua mente pelo conhecimento da verdade
e verás o cumprimento em você,

da boa,

da perfeita

e da agradável

vontade do eterno Deus.

(Autor: Douglas Pereira Jacome)