quinta-feira, 29 de outubro de 2015

RESUMO DA ANÁLISE DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO DE JONAS


(Autor: Douglas Pereira Jacome)

O artigo selecionado para esta tarefa foi extraído da Revista Caminhando (online), tendo como autor o professor Milton Schwantes1. Segundo o autor o artigo é o resultado de um estudo bíblico ambientado durante a 9° Assembléia Geral do Conselho Mundial de Igrejas, realizada em fevereiro de 2006, na cidade de Porto Alegre/RS.
O texto lança uma reflexão transversal do contexto do capítulo 4 do livro de Jonas, convidando indistintamente todas as pessoas para uma conversão genuína por meio da mensagem de compaixão e amor incondicional do criador reveladas no texto bíblico.
A estrutura do texto é formada por tópicos independentes, mas tratados como temas intimamente relacionados, da seguinte forma: Introdução; 1. Um livro em lugar especial; 2. 4.1-11 no final do livro de Jonas; 3. “Não hei de ter compaixão?”.
No primeiro tópico o autor faz uma análise geral do posicionamento do livro de Jonas nas Escrituras Sagradas, contextualizando-o entre os livros que seguem o mesmo estilo literário ajustado à ‘escola deuteronomista’ criada por Martin Noth2. O livro de Jonas é contado entre os doze profetas menores descritos na bíblia que vão de Oséias a Malaquias.
O segundo tópico trata especificamente do texto de Jonas 4.1-11, onde o autor identifica os versículos deste capítulo como o último dos quatro momentos que caracterizam todo o livro. Em seguida, o autor passa a descrever cada momento até chegar neste último, o qual versa sobre a pessoa do profeta Jonas e suas convicções sobre a profecia revelada, bem como, seus sentimentos quanto a gratuidade divina ofertada ao povo da cidade de Nínive.
O terceiro e último tópico do texto endossa parte da pergunta apresentada no v.11: Não hei de ter compaixão?”, questionamento final feito por Deus a Jonas e que ficou sem resposta, embora várias objeções teriam sido formuladas pelo profeta em relação ao acontecido, chegando ao ponto de querer entregar a própria vida por ser contrário ao desfecho
da história.
Dois aspectos importantes foram destacados pelo autor neste terceiro tópico, os quais caminharão para o fechamento da narrativa. O primeiro está relacionado ao sentimento de ira do profeta Jonas diante do arrependimento de Deus, já o segundo relembra a grandiosidade do Criador ante qualquer circunstância, visto que somente Ele é capaz de converter uma sentença desfavorável em uma benção permanente.
Para o autor a insatisfação do profeta Jonas está ligada à soberania de Deus e nos seus pensamentos insondáveis, visto que a ação desse mensageiro da destruição é frustrada a ponto dele desejar a própria morte, para ele a vida não tem mais sentido já que tudo está nas mãos e sob o controle do criador.
O profeta conhecendo os atributos divinos da misericórdia, bondade e caridade, foge na tentativa de não se ver em tamanho descontentamento, mas é compelido a voltar para anunciar a profecia apocalítica à cidade de Nínive. Ao ver que a cidade fora salva se revolta e pede sua morte, porém, Deus em seu infinito amor confronta o profeta em seus próprios sentimentos.
Nas palavras do autor do texto 'esta é uma história para pensar e repensar', pois a nossa vida está nas mãos do todo poderoso, visto que não somos os protagonistas desta história mas o seu instrumento. A ação divina é o grande regente dos acontecimentos, sendo que nossa rejeição aos fatos quase sempre não significam a vontade do criador, as quais vão além daquilo que pensamos ou imaginamos.

BIBLIOGRAFIA
1 SCHWANTES, M. “Convite à compaixão: interpretação e meditação a partir de Jonas 4.1-11”. Caminhando (online), Brasil, 11, nov. 2009. Disponível em (Acesso em 22/09/2015): https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/CA/article/view/1245/1260.
2 Veja a respeito Martin Noth, “O deuteronomista”, em Revista Bíblica Brasileira, Fortaleza, Nova Jerusalém, vol.10, 1993, p. 13-183 [original: Überlieferungsgeschichtliche Studien – 1. Die sammelnden und bearbeitenden Geschichtswerke im Alten Testament, Halle, Max Niemeyer, 1943, 224p.]

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