“O
QUE JESUS NOS ENSINA SOBRE COMO ENSINAR A PALAVRA DE DEUS”.
(Autor: Douglas Pereira Jacome)
Texto Base: Lc 24:13-35
Texto Base: Lc 24:13-35
Na passagem do texto base nos
deparamos com um relato bíblico em que conta como dois jovens que
seguiam conversando no caminho para uma aldeia chamada Emaús,
distante de Jerusalém de aproximadamente 11(onze) km, tiveram um
encontro inusitado com um estranho que lhes falou profundamente, mas
foi somente ao final dessa jornada que o desconhecido se revelou como
o Cristo ressurreto.
Essa passagem bíblica traz
ensinamentos práticos para o ensino da palavra de Deus na vida do
homem, contendo nessa mensagem a contextualização de uma espécie
de roteiro litúrgico com lições valiosas e de grande impacto na
vida cristã.
O protagonista desta história é
mais uma vez o Mestre Jesus, onde Ele se dispõe a ensinar aos
companheiros de caminhada mistérios das escrituras sagradas. Durante
esse diálogo, o mestre faz um relato geral dos livros de Moisés e
dos Profetas do Antigo Testamento, para enfim, alcançar o ápice da
revelação de sua própria pessoa nos textos bíblicos, só então,
desaparece, fazendo de seus ouvintes testemunhas de sua ressurreição.
O primeiro ensinamento
identificado nesse evento singular é que enquanto estamos na
caminhada da vida, Jesus vem ao nosso encontro, bastando a nós
aceitar caminhar junto dele. Além disso, a discussão sincera sobre
a palavra de Deus atrai a atenção do Mestre (13/14), visto que a
própria escritura nos afirma que “Porquanto,
onde se reunirem dois ou três em meu Nome, ali Eu estarei no meio
deles...”
(Mt 18:20).
Outros ensinamentos valiosos são
encontrados nesse diálogo interessante, passando desde as questões
que inquietam o viver do homem até a identificação de suas
necessidades. No texto fica claro que pessoas sem esperança tendem a
viver do passado (14), sem se darem conta da necessidade do nascer de
novo, então se enchem de perguntas sem que ninguém possam
respondê-las (15). Aliado a isso, os olhos naturais humanos estão
encobertos para a verdade explícita que é Jesus, somente o poder de
Deus é capaz de tirá-los dessa cegueira momentânea (16), visto que
“O
deus, desta presente era perversa, cegou o entendimento dos
descrentes, a fim de que não vejam a luz do Evangelho da glória de
Cristo, que é a imagem de Deus”
(2Co 4:4). Essa
limitação da visão do homem em relação ao Reino dos Espíritos é
o retrato da condição humana em Cristo Jesus, os quais continuam
vivendo na descrença e na tristeza espiritual (17), sendo que o
coração do homem sofre interferências
do seu passado, o que não acontece no recém-chegado (18) que é
transformado pela obra redentora do Filho de Deus (19), onde foi
sacrificado na condição de Cordeiro com o propósito único de
salvação e expiação dos pecados (20). Isso mostra ao novo
convertido a necessidade do exercício da fé, sabendo como cremos e
em que cremos (21). Aqueles jovens no caminho de Emaús rejeitaram a
mensagem das mulheres no sepulcro, por considerarem indignas de fé,
preferindo acreditar no fruto proibido sem questionar a reconhecer a
mensagem divina, sendo assim, foram incapazes de aceitar a
restauração da vida pela verdade que é Cristo (22).
A falta de
experiência do povo em relação a Deus pode levá-los facilmente ao
erro e ao engano, preferindo acreditar nas visões de outros do que
encarar a verdade com os próprios olhos, são como cegos que lutam
para ter a visão por meio de métodos distantes da cura verdadeira
(23). Adão e Eva optaram em crer na mentira e seus olhos foram
abertos sem o consentimento do criador e foram punidos. O homem quer
ver o natural e o espiritual com os olhos da carne, mas Deus busca
verdadeiros adoradores e que o adorem em espírito e em verdade, mas
para esta comunhão perfeita é preciso ter fé (24).
A palavra de Deus é
perfeita, sendo seus profetas o canal de comunicação com seu povo,
crer nas suas orientações é o compromisso de todos nós, pois
seguí-los é estar certo do caminho para o Reino Eterno (25), assim,
confirmamos que o sacrifício do Cordeiro não foi em vão, seu
sofrimento representou a porta de entrada para a eternidade de todo
pecador que se arrepende e reconhece seu salvador (26).
O conhecimento das
histórias bíblicas são essenciais para a compreensão do que nos
espera após essa vida, onde Jesus faz uma retrospectiva disso aos
seus dois companheiros de viagem que ficaram maravilhados com o que
ouviam (27). O mestre em sua infinita sabedoria os motiva a quererem
mais desse saber inesgotável, tal incentivo foi demonstrado quando
Jesus foi convidado a permanecer com eles na aldeia e falar mais
sobre o assunto (28). A intenção do mestre é que sintamos sua
falta, sendo que sua presença deve ser um motivo principal para nos
manter firmes na promessa e na direção correta, além do desejo
ardente de estarmos próximo dele (29).
O
ensinamento mais marcante que o mestre Jesus deixou para nós nessa
passagem bíblica, é que não basta somente conhecê-lo ou saber o
que Ele fez, ou mesmo conversar, discutir e sentir, pois nada disso
pode nos fazer enxergar a verdade em sua totalidade. É preciso muito
mais que isso, vez que os olhos da alma só podem ser abertos quando
partilhamos da sua mesa e comungamos do que está sendo servido,
somente assim, os olhos espirituais poderão ser abertos e veremos
com clareza os dois mundos (2Co 4:18 / Ef 1:18 / Sl 13:3).
Essa comunhão
perfeita proporciona a abertura dos olhos da alma, sendo este o
dispositivo que tem o poder de revelar a Jesus Cristo na vida do
homem. A peça chave que desvenda os mistérios da alma é o partir
do pão, visto que revela onde o mestre se encontra e é onde também
devemos estar. Permanecendo nós nele e ele em nós para todo o
sempre em amor (Jo 15:4-9).
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